Soluções tecnológicas já fazem parte da realidade dos operadores de direito. Claro, que infelizmente não são todos os operadores que estão atentos a essa mudança e insistem em permanecer aplicando métodos antigos para novos problemas.
Com a Covid-19 no Brasil essa transformação tecnológica foi acelerada o que fez aumentar de forma significativamente o número de lawtechs / legaltechs no Brasil, segundo o que mostra a Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L).
De uma forma resumida, lawtech ou legaltech são startups jurídicas que criam produtos e serviços de base tecnológica para melhorar o setor jurídico facilitando assim a rotina dos advogados e operadores de direito.
Rodrigo Frassi, CEO da Lawtech Hub [a], analisa que apesar dos aspectos negativos da pandemia, o setor de startups jurídicas está aquecido. A pandemia do corona vírus coloca a humanidade em situações nunca vividas assim como seus impactos. É um momento de construir bases sólidas para resolução de conflitos e demandas judiciais. Frassi acredita que se não inovarmos nesse momento todo o sistema jurídico pode colapsar.
Ao contrário de grandes escritórios, as legaltechs tem um potencial enorme de se adaptar. Isso porque na grande maioria são empresas capitaneadas por pessoas jovens, com uma estrutura enxuta e 100% conectadas com a real necessidade das pessoas.
O advogado tradicional tende a não responder determinadas perguntas, como “Qual a chance de vencer esse processo?” “Devo fazer um acordo?” “Quanto tempo vai demorar?” entre tantas outras perguntas que antes ficavam sem respostas e hoje já podem ser respondidas (geralmente com advogados tradicionais você ainda ficará sem respostas).
As lawtechs são uma realidade no mundo e não seria diferente aqui no Brasil. Afinal sabe-se que o Brasil é o país no mundo com o maior número de processos e um com o maior número de operadores de direito. São mais de 1milhão e 200mil advogados, 3milhões de bacharéis e mais de 1700 faculdades de direito. O advogado que não se atualizar, fatalmente ficará para trás. As legaltechs/lawtechs vem mostrando isso.
Rodrigo Frassi, CEO do Hub [a].